15 de nov. de 2014

O Trovão Azul e a poltrona 36

Desse caso não é necessário comentar muita coisa, basta transcrever aqui a coluna de Adão Oliveira, do Jornal do Comércio, em 30/12/2004:

"A Poltrona 36

É impressionante a qualidade dos ônibus rodoviários fabricados no Brasil. Eles são desenvolvidos com a mais moderna tecnologia, para proporcionar aos passageiros o máximo espaço e conforto em viagens interestaduais. As maiores empresas de ônibus do mundo possuem esses exemplares brasileiros que lhes oferece economia, resistência e o menor custo operacional possível.


Atentos a essas vantagens, também os clubes de futebol adquiriram ônibus. O Grêmio até se orgulha disso. O Trovão Azul, adquirido na gestão do presidente Guerreiro, é um espetáculo e permite, em viagens longas, que os craques gremistas descansem depois de um dura partida de futebol. Esse ônibus, orgulho do ex-presidente Flávio Obino, possui dois andares. A parte de baixo, é dedicada ao entretenimento. Lá existe um bar, televisão, som e mesas de jogos. Os rapazes mais alegres preferem o andar de baixo. No andar de cima, viajam àqueles que querem descansar, relaxar, dormir.


Tudo estaria correto não fosse a utilizaão, por alguns jogadores, do andar de baixo do Trovão Azul, para promoverem uma verdadeira orgia. Isso foi visto pelo ex vice-presidente de futebol, Hélio Dourado. A festa teria ocorrido na volta de Curitiba. No andar de baixo foi realizada uma farra, enquanto integrantes da comissão técnica, dirigentes e a maioria dos atletas tentava descansar no andar de cima. Esse comportamento se repetiu na vinda de Pelotas, depois do jogo contra a Ponte Preta. Nessa noite, no andar de baixo, os rapazes alegres até dançaram a Éguinha Pocotó. O dr. Hélio Dourado, um gremista de história no clube, se diz chocado com o que viu: "Vi coisas que jamais pensei que veria. Esses cavalheiros, com graves problemas de comportamento, não podem vestir a camisa do Grêmio", disse Dourado, um dos cardeais do clube. O que teria visto Dourado para se dizer horrorizado com os fatos a ponto de fazer uma relatório apontando para Odone os indisciplinados do grupo? Ao que se diz, não foi somente as farras ocorridas no andar de baixo do Trovão Azul, que deixaram o experiente dirigente indignado.


O pior teria ocorrido na poltrona 36. O andar de cima do Trovão Azul possui dezenas de poltronas. A última, lá na parte traseira do ônibus é a poltrona de número 36. Não fosse se localizar praticamente em cima das rodas traseiras, a poltrona 36 seria igual as outras. Ela dispõe do mesmo conforto e até amacia os solavancos. Normalmente, os jogadores que querem descansar ficam bem distantes do fundo do ônibus. Lá, um mesmo grupo se aboleta no conforto das poltronas para jogar conversa fora.


A conversa, quase sempre em tom mais alto, provoca gargalhadas homéricas. Quem quer silêncio, também não senta por lá. Pois, foi na poltrona 36, no fundo do ônibus, que um dirigente teria visto uma cena que o teria escandalizado. Pelo menos era isso que se dizia na noite da posse de Paulo Odone, na presidência do Grêmio. A bordo do Trovão Azul o time voltava de Curitiba. Um dirigente estava sentado nas poltronas localizadas na parte da frente do ônibus. Cansado, e sem conseguir conciliar o sono resolveu espichar as pernas. Ele se levanta e vai até o fundo do ônibus e vê uma cena que o deixou petrificado. Na poltrona 36, dois jogadores, desolados com a derrota ou alheios a ela, se consolavam. Escandalosamente.


Quem viu, viu! Quem não viu, ouviu.


À boca pequena!!!"


Resumindo: Um dirigente do Grêmio flagrou dois jogadores praticando sexo oral um no outro, na poltrona 36 do Trovão Azul em 2004, no ano do rebaixamento (do segundo rebaixamento, já está difícil contar).

Coisas engraçadas sobre o assunto:

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